Um Completo Desconhecido: Timothée Chalamet brilha em ode a Bob Dylan

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Quando Robert Allen Zimmerman chegou à Nova York, ele tinha o sonho de se tornar cantor. Com muito talento, rebeldia e seguindo os passos das pessoas certas, ele se tornou o fenômeno Bob Dylan, um artista que é conhecido mundialmente e marcou uma geração. Esse é o pretexto de Um Completo Desconhecido, filme de James Mangold.

A produção estreia no Brasil bastante apelo, já que foi indicado a oito categorias do Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz Coadjuvante.

Na trama, o público acompanhará os primeiros passos de Bob Dylan na música folk, que vai desde essa chegada à Nova York até os festivais de música folk de Newport e o sucesso das músicas do artista. Logo após chegar à cidade, ele vai ao hospital psiquiátrico Greystone Park para encontrar um ídolo da música, Woody Guthrie. Lá, o ídolo de Dylan está ao lado de Pete Seeger, artista e amigo de Guthrie.

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Filme narra início da carreira do cantor

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Monica Barbaro está indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação como Joan Baez em Um Completo Desconhecido

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Edward Norton está indicado ao Oscar de Melhor ator Coadjuvante por sua atuação como Pete Seeger em Um Completo Desconhecido

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Essa fase marca o ápice da transformação de Dylan, tanto musicalmente quanto no estilo

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Estilo recebeu influências britânicas

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Evolução é mostrada pela moda

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Timothée Chalamet brilha no papel de Bob Dylan

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Esse é o primeiro momento em que Timothée Chalamet interpreta uma música sob o nome de Bob Dylan e mostra que não foi escolhido para o papel à toa. A maneira como ele, indicado ao Oscar de Melhor Ator, canta é muito parecida com a do cantor, desde trejeitos até a voz anasalada.

O ponto mais alto do filme é a atuação de Chalamet. O ator encarna Bob Dylan de tal forma que é até possível confundir quem realmente está atuando, se é o ator ou o cantor. O norte-americano brilha nas partes em que canta, na maneira de falar e até nas expressões faciais. O filme foi feito para que todo e qualquer protagonismo fosse dele e esse foi o maior acerto de Mangold.

O diretor ainda foi muito feliz ao mostrar a genialidade do artista em compor assuntos que eram muito atuais na época, como a Crise dos Mísseis em Cuba e a música Masters of Wars, por exemplo. E também como a personalidade forte o fez ter altos e baixos.

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Uma coisa que não podemos deixar de citar são as atuações dos personagens secundários, principalmente Edward Norton, como Pete Seeger; e Monica Barbaro, que interpreta Joan Baez. Os dois atuam como fio condutor da história de Bob Dylan do início ao fim do filme e são indispensáveis à história, compartilhando momentos de protagonismo na tela com Timothée Chalamet.

Como cantores, os dois demonstram uma potência vocal incrível, principalmente Barbaro. Não à toa, os dois concorrem ao Oscar 2025 como Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator Coadjuvante.

O diretor James Mangold se preocupa muito mais com a trajetória do cantor e com Chalamet, que deixa os conflitos um pouco de lado. Há certos momentos que geram expectativa, mas logo esfriam, como o triângulo amoroso entre Bob Dylan, Joan Baez e Sylvia, vivida por Elle Fanning; e quando o cantor se revolta por não ter liberdade para cantar o que quiser em shows.

Esses clichês sentimentais roubam minutos do filme e pouco trazem emoção, mas não estragam o conjunto da obra e a genialidade de seus intérpretes. Para o fã de música, de Bob Dylan e de Timothée Chalamet, esse é um filme imperdível.